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Nesta Edição
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CAPA

PONTO DE PARTIDA (Pág. 1)
Mauro Gomes Aranha de Lima


ENTREVISTA (Pág. 4 a 9)
Maria Elizete Kunkel


CRONICA (Pág. 10 e 11)
Tati Bernardi*


SINTONIA (Pág. 12 a 15)
Literatura & Medicina


DEBATE (Pág. 16 a 22)
Diretivas Antecipadas de Vontade


LIVRO DE CABECEIRA (Pág. 23)
Caio Rosenthal*


EM FOCO (Pág. 24 a 27)
Rodolpho Telarolli Junior*


HISTÓRIA DA MEDICINA - (Pág. 28 a 31)
Edgard Roquette-Pinto


GIRAMUNDO (Pág. 32 e 33)
Avanços da ciência


PONTO COM - (Pág. 34 e 35)
Mundo digital & tecnologia científica


HOBBY (Pág. 36 a 39)
Médico & Fotógrafo


CULTURA (Pág. 40 a 43)
Cultura maia


TURISMO (Pág. 44 a 47)
Uma viagem à capital tcheca


FOTOPOESIA (Pág. 48)
Guilherme de Almeida


GALERIA DE FOTOS


Edição 75 - Abril/Maio/Junho de 2016

PONTO DE PARTIDA (Pág. 1)

Mauro Gomes Aranha de Lima

Os tempos do ser

 


À presente edição da revista Ser Médico impõe-se, como seu princípio norteador, a soberania do tempo e suas várias dimensões. Os conteúdos das matérias concretizam apenas a polifonia harmônica com que se pauta a sua aparição.

Inicia-se com tecnologia em saúde e seus esforços de inclusão de crianças feridas e amputadas, que podem aspirar, a partir de então e nas várias fases de seu crescimento, a um futuro de promessas benfazejas. Assim como a ciência aspira, em contextos de descoberta e invenção, a tornar realidade os devaneios da imaginação.

Prossigamos, agora com o tempo da literatura e ficção. A estética da obra que, alegre ou triste, nos comove e move os corações, aprisionados à rotina burocrática da vida, para vidas criativas e mais plenas, e que, dado mesmo a essa plenitude, possam fulgurar mais virtude e emoção àqueles que assistimos.

Mais à frente, nos deparamos com a história das doenças e as diferentes e sucessivas formas como as vemos, nomeamos e as tratamos, na multiplicidade das culturas e desenvolvimento trans-histórico da civilização humana.

Depois, eis que somos instigados por um debate mais do que necessário, urgente, sobre os lugares do homem no seu tempo de morte. O processo de morrer, implícito e ainda ignorado em nossas vidas, convoca-nos a todos a refletir sobre como pretendemos configurar o andamento e o termo de nossas existências, quando “a indesejada das gentes” nos chegar. Decerto, nós médicos temos o compromisso, agora inadiável, de acolher as angústias e facilitar as decisões de nossos pacientes ante o fim que neles se insinua, mediante a luz de seus anseios e valores, e para que a morte, a cada um distinta e intransferível, encontre “lavrado o campo, a casa limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar”.

Por fim, outras viagens: Roquette-Pinto e a antropologia do brasileiro caboclo; a fotografia artística como valoração do instante; “a cidade dos deuses nas colinas dos mortos”; “o homem que amava os cachorros”.

Que permaneça, em cada um dos leitores, mais do que os tempos do ser, o que há de mais caro no tempo: alguns dizem memória, outros, esperança. Mas todos concordariam em dizer: o começo sem fim e o fim sem começo... do tempo.

 

Mauro Gomes Aranha de Lima
Presidente do Cremesp

 


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