CAPA
PONTO DE PARTIDA (pág.1)
João Ladislau Rosa - Presidente
ENTREVISTA (págs.4 a 9)
Adriane Fugh-Berman
CRÔNICA (págs.10 a 11)
Sady Ribeiro*
EM FOCO (págs. 12 a 15)
História da Telemedicina no SUS
ESPECIAL (págs. 16 a 21)
Hospitais verdes
MÉDICOS NO MUNDO (págs. 22 a 26)
O atendimento no acampamento de refugiados em Dagahaley (Quênia)
CONJUNTURA (págs. 27 a 28)
Álcool e direção: dupla perigosa
HISTÓRIA DA MEDICINA (págs. 29 a 31)
Primeiros médicos no Brasil
GIRAMUNDO (pág. 32 a 33)
Curiosidades interessantes
PONTO COM (pág. 34 a 35)
Informações do mundo digital
SINTONIA (pág. 36 a 37)
Números na Saúde
HOBBY (pág. 38 a 41)
Xadrez
CULTURA (págs. 42 a 46)
Museu da Cidade de São Paulo
CARTAS & NOTAS (pág. 47)
LEITORES
FOTOPOESIA (pág.48)
Alvaro Posselt
GALERIA DE FOTOS
PONTO DE PARTIDA (pág.1)
João Ladislau Rosa - Presidente
O outro lado da sustentabilidade
Finalmente, no século 21, a sustentabilidade ganha espaço em debates de políticas públicas, no seio da comunidade e nas mais diversas organizações sociais. Suprir as necessidades atuais do ser humano, sem criar risco às novas gerações, é uma obrigação coletiva e individual.
Nesta edição da revista Ser Médico, mostramos relevantes avanços na área da Saúde. Você vai conhecer o Projeto Hospitais Saudáveis, que ganha corpo e adesões ano a ano, além de uma série de iniciativas louváveis de instituições socialmente responsáveis.
São ações que ultrapassam os limites da reciclagem e da economia de energia, incluindo redução do grau de toxicidade e perigos nos procedimentos hospitalares. Há ainda, por parte de certas corporações, investimento na gestão sustentável de sistemas e serviços exemplares em termos de proteção à Saúde e ao meio ambiente.
Temos também programas de educação e conscientização da comunidade hospitalar e da sociedade. Um deles, bastante interessante, culminou na criação de um borboletário em Muriaé, zona da Mata Mineira, visando ao aumento da biodiversidade e sensibilizando alunos e moradores.
Falamos de avanços inegáveis, como a retirada de termômetros de mercúrio das unidades hospitalares, principal fonte urbana dessa substância, uma das mais danosas à saúde e ao meio ambiente. Nada justifica seu uso, já que podem ser facilmente substituídos por produtos digitais bem acessíveis.
Porém, em termos de Brasil, o que temos de bagagem acumulada nessa área não chega a ser uma gota em meio ao oceano. O mesmo vale para nosso meio profissional, pois os médicos podem e devem se envolver com mais profundidade em debates e ações para a preservação do planeta.
Sempre é bom registrar que a sustentabilidade na Saúde não se restringe ao universo que vivenciamos, diariamente, em clínicas, consultórios, hospitais, universidades. O ser humano deve ser visto de forma integral, em todas as suas necessidades no hoje e no amanhã.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU, prevê determinantes sociais como renda, educação e outras condições socioeconômicas, culturais e ambientais, a produção de alimentos e o acesso à alimentação, ambiente de trabalho, condições de vida, desemprego, saneamento básico, serviços de saúde, habitação, redes sociais e comunitárias e estilo de vida. O conceito é que uma boa qualidade de vida influencia positivamente a saúde.
Dessa forma, temos o dever de participar das discussões que envolvem cada uma dessas determinantes, pois, só com ações globais, teremos de fato políticas públicas sustentáveis, alicerce para a construção de um sistema de saúde verde e de uma sociedade melhor.
João Ladislau Rosa
Presidente do Cremesp