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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 4)
Heiner Flassbeck, economista e diretor da Unctad


SINTONIA (pág. 9)
José Ricardo de C. M. Ayres*


CRÔNICA (pág. 12)
Antonio Prata*


CONJUNTURA (pág. 14)
Os problemas da população de rua


DEBATE (pág. 18)
Haino Burmester e Laura Schiesari


MÉDICOS NO MUNDO (pág. 24)
O atendimento da população em regiões de alto risco


SUSTENTABILIDADE (pág. 28)
Alerta para o consumo de alimentos contaminados


GIRAMUNDO (págs. 30 e 31)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e atualidade


PONTO COM (págs. 32/33)
Acompanhe as novidades que agitam o mundo digital


EM FOCO (pág. 34)
Sherlock Holmes, um doutor detetive


LIVRO DE CABECEIRA (pág. 37)
Sugestão de leitura de Krikor Boyaciyan*


HOBBY (pág. 38)
Esporte já não é exclusivo do universo masculino


CULTURA (pág. 40)
Arte urbana conquista espaço internacional


GOURMET (pág. 45)
Arroz indiano


POESIA( pág. 48)
Ana Cristina César


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Edição 57 - Outubro/Novembro/Dezembro de 2011

SUSTENTABILIDADE (pág. 28)

Alerta para o consumo de alimentos contaminados


Campanha alerta para riscos de agrotóxicos

A ingestão diária de verduras, legumes e frutas não garante aos brasileiros uma alimentação adequada e saudável. Isso porque é exatamente com esses produtos que cada um de nós ingere, em média, 5,2 litros de agrotóxicos por ano, de acordo com a Campanha permanente contra o uso de agrotóxicos e pela vida

Lançado em 7 de abril deste ano, o movimento alerta que esses produtos químicos causam doenças como câncer, problemas hormonais e neurológicos, má formação do feto, entre outras. Mais de 30 organizações integram a campanha, incluindo movimentos sociais do campo e da cidade, entidades governamentais, estudantis, sindicais, Ongs e universidades.

 “O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo e isso é alarmante”, concordam Lucas Oliveira do Amorim e Luis Henrique Isar Brancaglion, da Coordenação Nacional da Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (Abeef), que faz parte da campanha. Segundo eles, o que deveria ser vergonhoso é propagado pelo agronegócio como vitória.

Os coordenadores da Abeef explicam que tudo começou nos anos 60: “houve um processo de falsa modernização na agricultura com a utilização de algumas tecnologias que haviam sido desenvolvidas para guerra e estavam se tornando ociosas. Por exemplo, as armas químicas que viraram agrotóxicos. A mais famosa delas é o “agente laranja”, usado na guerra do Vietnã, que foi transformado em um herbicida fortíssimo por uma das maiores multinacionais do setor, e é muito utilizado no Brasil”.

O diretor nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e coordenador político da campanha, Cleber Folgado, explica que o objetivo é cumprir duas importantes tarefas. “A primeira é denunciar para a sociedade os males causados pelos agrotóxicos em seus diversos aspectos pois, em grande parte, as pessoas desconhecem a profundidade de tais impactos.”

Outra tarefa, segundo o coordenador, é desenvolver propostas e mudanças. “É possível construir outro modelo de agricultura, pois já conhecemos experiências exitosas na área da agroecologia, que produzem comida de qualidade em quantidade e sem agrotóxicos.” Cleber ressalta outro importante fator: “apenas seis empresas transnacionais controlam mais de 70% do mercado de produção e comercialização mundial de agrotóxicos”.

Malefícios
A Abeef também acredita que é possível existir uma agricultura livre de agrotóxicos. Há dois tipos de malefícios causados pelos produtos químicos, segundo a associação. Um está ligado aos trabalhadores do campo, que entram em contato direto com eles no momento da aplicação. “Em algumas cidades dominadas pelo agronegócio já foram constatados altos índices de câncer diretamente relacionados ao uso de agrotóxicos.” Os consumidores também são contaminados, “a diferença é que isso ocorre no longo prazo, já que a quantidade ingerida é menor”, adverte. Esses produtos estão também em quarto lugar dentre os responsáveis por intoxicações no país, atrás apenas de animais peçonhentos, remédios e produtos de limpeza, afirma Cleber.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou alguns dados sobre esse tema por meio do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para). Segundo o estudo, “uma lavagem dos alimentos em água corrente só remove parte dos resíduos de agrotóxicos presentes em sua superfície”. De todas as culturas analisadas, alface, morango e tomate apresentaram maior quantidade de amostras insatisfatórias.

O tomate teve 44,72% de uso indevido de agrotóxicos não autorizados, assim como de autorizados, porém com resíduo encontrado acima do limite máximo permitido. O morango ficou em segundo lugar, atingindo 43,62%, e a alface, 40%.

A Anvisa recomenda que a população opte por produtos orgânicos ou que necessitem de menor quantidade de veneno para ser cultivados. Também sugere o consumo de produtos com origem identificada, assim como fazer a lavagem corretamente.

O diretor do MPA tem boas expectativas. “Imaginamos que, com a pressão popular, podemos ir eliminando o uso de agrotóxicos em nossa agricultura. Também vamos pressionar para que sejam elaboradas leis que proíbam o uso indiscriminado dos produtos químicos. Estaremos prontos para ajudar a fortalecer qualquer processo de luta contra os agrotóxicos e pela vida”, finalizou.

Para obter mais informações sobre a campanha, envie uma solicitação por e-mail para contraosagrotoxicos@gmail.com.


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