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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Dia do Médico: entidades se mobilizaram pela valorização da profissão


ENTREVISTA (pág. 4)
Acompanhe uma conversa informal com o artista plástico Guto Lacaz


SUSTENTABILIDADE (pág. 9)
Vem aí a nova Carteira de Identidade profissional em policarbonato, digital


CRÔNICA (pág. 11)
Texto de Tutty Vasques*, colunista do jornal O Estado de São Paulo


SINTONIA (pág. 13)
Séries exageram no conteúdo e na exposição, de médicos e pacientes


COM A PALAVRA (pág. 14)
Se você ainda não leu, veja o que está perdendo...


CONJUNTURA (pág. 18)
Para a secretária-geral da CNRM é preciso revisar os programas de ingresso na RM


DEBATE (pág. 22)
Psiquiatras avaliam o atendimento aos pacientes infratores


GIRAMUNDO (págs. 28/29)
Curiosidades da ciência e tecnologia, da história e da atualidade


PONTO COM (pág. 30)
Acompanhe as novidades que agitam o mundo digital


EM FOCO (pág. 32)
O compositor e pianista alemão sob a perspectiva da psiquiatria forense


GOURMET (pág. 35)
Dolma: dicas para a preparação de um prato tradicional da Armênia


CULTURA (pág. 36)
O acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo


TURISMO (pág. 42)
Muito além de suas famosas muralhas...


LIVRO DE CABECEIRA (pág. 47)
O vice-presidente da Casa recomenda: Steven Pinker


POESIA( pág. 48)
Roberto Perche: radiologista, poeta, escritor e contista


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Edição 53 - Outubro/Novembro/Dezembro de 2010

LIVRO DE CABECEIRA (pág. 47)

O vice-presidente da Casa recomenda: Steven Pinker

Tábula Rasa, a nova teoria da natureza humana

Por Renato Azevedo*

Às vezes, não é possível ter noção da importância de um livro e de sua capacidade transformadora logo que são publicados – O Capital, de Karl Marx, e A Origem das Espécies, de Charles Darwin, são notórios exemplos. Talvez seja este o caso de Tábula Rasa – a negação contemporânea da natureza humana, do canadense Steven Pinker, professor de psicologia da Universidade de Harvard e ex-diretor do Centro de Ciência Cognitiva do MIT. O livro refuta com argumentos científicos, baseados na neurobiologia, a teoria de que o cérebro humano, ao nascer e se desenvolver, seria uma tábula rasa, um livro em branco, no qual seria possível escrever – segundo Mao Tse-Tung – as mais belas páginas.

Pinker desbanca também a concepção rousseauniana de que o homem nasce em estado puro, “bom selvagem” e a sociedade o corrompe. Questiona ainda, acima de concepções filosóficas e religiosas, que haveria uma alma imaterial, com o dom do “livre arbítrio” que, em determinado momento, ocuparia o corpo material do homem (teoria do “fantasma na máquina”). Ao contrário, o autor defende a tese de que os seres humanos já nascem com talentos ou temperamentos próprios, determinados pelos genes que herdam, e modelados por reações físico-químicas (moleculares) cerebrais, às quais, aí sim, podem ser despertadas e estimuladas pela cultura, educação, exemplos dos pais e ambiente.

Nas palavras do próprio Steven, “é uma falácia pensar que fome, sede e desejo sexual são biológicos, mas que o raciocínio, o aprendizado e a tomada de decisões sejam algo não-biológicos”. Um dos argumentos dos que não aceitam essas evidências é que, concordar que as pessoas têm talentos inatos, daria margem ao racismo, sexismo, desigualdades políticas e opressão.

Ao contrário, é a teoria da tábula rasa que permite as maiores atrocidades contra o ser humano, por meio de experiências sociais catastróficas que aconteceram e continuam a ocorrer, à esquerda e à direita, tentando moldar, à força, o ser humano a determinada ideologia. Por outro lado, ao reconhecer a realidade biológica de que os seres humanos são dotados de capacidades inatas que nos diferenciam um dos outros, determinados geneticamente como fato da evolução da espécie, mas que todos têm a mesma origem natural, seremos capazes de entender que é profundamente errado qualquer tipo de discriminação. Ou seja, não é porque não exista a tábula rasa que devemos aceitar a opressão do ser humano. Ao contrário, é a partir do conhecimento científico da realidade da natureza humana que conseguiremos construir uma sociedade mais fraterna e justa.

*Vice-presidente do Cremesp.

Agradecimentos
O quadro que ilustra a pág. 25 do Debate Crime e Saúde Mental, de autoria de Mira Schendel, foi reproduzido do livro Mira Schendel – do Espiritual à Corporeidade, de Geraldo Souza Dias, publicado pela editora Cosac Naify/2009, que autorizou o uso da imagem exclusivamente para esta matéria.

O quadro que ilustra a pág. 27 do debate Crime e Saúde Mental, intitulado Onze cabeças, de Pavel Filonov (óleo sobre tela 82x72 – 1938), pertence ao acervo do Museu da Rússia, em São Petersburgo.



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