CAPA
PÁGINA 1
Nesta edição
PÁGINAS 6,7,8,9,10 E 11
Entrevista
PÁGINAS 12 E 13
Crônica
PÁGINAS 14, 15, 16 E 17
Dossiê: Reprodução Assistida - História
PÁGINAS 18,19 E 20
Dossiê: Reprodução Assistida - Em foco
PÁGINAS 21 E 22
Dossiê: Reprodução Assistida- Vanguarda
PÁGINA 23
Dossiê: Reprodução Assistida - Repercussão
PÁGINAS 24, 25, 26, 27, 28, E 29
Dossiê: Reprodução Assistida- Debate
PÁGINAS 30 E 31
Tecnologia
PÁGINAS 32 E 33
Medicina no mundo
PÁGINAS 34 e 35
Opinião
PÁGINAS 36,37 E 38
Solidariedade
PÁGINAS 39,40,41 E 42
Turismo
PÁGINAS 43,44,45 E 46
Agenda Cultural
PÁGINA 47
Resenha
PÁGINA 48
Fotopoesia
GALERIA DE FOTOS
PÁGINAS 39,40,41 E 42
Turismo
Um paraiso escondiso no Alto do Ribeira
Com cavernas colossais, cachoeiras, paisagens bucólicas e esportes radicais, o Petar é um dos destinos mais bonitos do Estado de SP
As águas pluviais que transpassam as fissuras nas rochas e desgastam continuamente o calcário, abrindo dutos e galerias, dão origem a uma das paisagens mais impressionantes da natureza: as cavidades naturais ou cavernas calcárias, com
seus magníficos espeleotemas – as estalactites, estalagmites, cortinas, colunas etc. Ao entrar nesse espaço, a sensação equipara-se a de estar em outro universo ou
mesmo no espaço. Pelo menos foi assim que o médico Luis Felipe Salas sentiu-se ao percorrer o cenário deslumbrante do Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira, o Petar. Considerado Patrimônio Natural da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o parque foi criado em 1958, visando proteger a rica biodiversidade dos remanescentes da Mata Atlântica em uma área de aproximadamente 35 mil hectares. A cerca de 320 quilômetros da capital paulista, o parque está localizado entre as cidades de Apiaí e Iporanga, abrigando cachoeiras, trilhas, sítios paleontológicos, arqueológicos e históricos, e, particularmente,
uma das províncias espeleológicas mais importantes do Brasil.
Entrada da Caverna do Couto
Em 2010, foram registradas 474 cavernas no estudo do Plano de Manejo Espeleológico. Dessas, somente 12 encontram-se abertas para visitação. São elas as do Santana, Morro Preto, Couto, Água Suja, Cafezal, Ouro Grosso, Alambari de Baixo, Chapéu Mirim
I, Chapéu Mirim II, Aranhas, Gruta do Chapéu e Temimina. Todos esses
fatores contribuem para que o Petar seja considerado um verdadeiro paraíso escondido no Alto do Ribeira. Atraído pela natureza e adepto de viagens, o jovem médico de
25 anos, que já visitou inúmeros lugares dentro e fora do Brasil, considera que, por suas belezas naturais, o Petar seja um dos destinos mais bonitos que já conheceu. Acompanhado dos amigos André Neves, também médico, e Alexandre Burt, engenheiro, eles descrevem momentos emocionantes durante os cinco dias de viagem pela região. “Tudo por lá é muito diverso e bonito. É um passeio barato e para quem mora em São Paulo, é um ponto turístico imperdível”, relata Luis. Em seu trajeto, percorreram as cavernas do Núcleo Santana, além de visitarem a Cachoeira do Meu Deus – localizada entre as cidades de Eldorado e Iporanga. “É um passeio diferente, não tem nada de artificial e faz você sair da realidade do dia a dia e esquecer os
problemas”, acrescenta Luis. O Núcleo Santana é o principal polo de visitação e uma das paisagens mais notáveis da região. Sua caverna tem 800 metros de extensão, sendo considerada a segunda maior de São Paulo, ficando atrás apenas da Caverna do
Diabo, localizada no município de Eldorado, com 6.500 metros, mas, destes, apenas 700m estão abertos à visitação. Nesse núcleo, estão localizadas as principais cavernas: do Santana, do Morro Preto, do Couto, da Água Suja e do Cafezal. Além disso, o polo dispõe de várias cachoeiras, como a do Couto, das Andorinhas e a do Betarizinho. O
parque conta ainda com outros três núcleos: Caboclos, Casa de Pedra e Ouro Grosso. Todas as cavernas possuem regras específicas de visitação, que devem ser consultadas antes do ingresso no Parque, sendo obrigatório o acompanhamento de monitor ambiental cadastrado. Calçados e roupas adequados também fazem parte da listagem de regras, além de equipamentos de segurança de uso obrigatório, como lanternas e capacetes. Também, não é permitido comer dentro das cavernas.
Da esq. para dir.: Alexandre, André e Luis Felipe na Caverna da água Suja; e Cachoeira do Meu Deus.
Outros atrativos da região
Iporanga
O pequeno município com menos de 5 mil habitantes apresenta características típicas de cidades interioranas, mas com inúmeras possibilidades de vivenciar novas experiências. Quem visita a sossegada Iporanga tem a chance de explorar as mais diversas atrações de ecoturismo. Além disso, não pode deixar de conhecer o restaurante da Pousada da Diva, famoso por oferecer a comida caseira mais elogiada da região, sendo o estrogonofe um dos pratos preferidos dos visitantes.
Aventura
“Um dos trechos mais legais que fizemos foi, sem dúvida nenhuma, o boia cross. É sensacional. Para mim, foi um dos pontos altos da viagem", sugere Luis, para aqueles que gostam de aventurar-se. O boia cross consiste em descer um trecho de 2 km pelo Rio Betari, utilizando câmaras de ar amarradas de forma a deslizar sobre a água. Essa atividade aquática é praticada desde a década de 70 no Petar. Além dessa opção, há descidas de rapel de mais de 130m de altura, dentro e fora das cavernas, tirolesas, acqua ride, rafting, bike, entre outras atividades radicais.
Igreja Matriz de Iporanga
Como chegar:
Partindo da capital paulista, há algumas vias de acesso: pela Rodovia Régis Bittencourt, Castelo Branco ou Raposo Tavares. Além disso, existe a opção de ir de ônibus, que parte de São Paulo, pela Viação Transpen, até a cidade de Apiaí.
Quando visitar
A melhor época para ir ao Petar é entre os meses de abril e novembro, quando há menos possibilidade de chuvas. O clima da região é úmido e a temperatura média anual gira em torno de 21ºC, sendo que as máximas ficam entre 24°C e 27°C, e as mínimas, entre 15°C e 18°C.
Luiz Salas na cachoeira do Betarzinho.