HOSPITAL DE BARRETOS

Referência para todo o país

Instituição une tecnologia e humanização no tratamento oncológico

Fundado em 1967, com o objetivo de oferecer o melhor tratamento oncológico à população de baixa renda, o Hospital do Câncer de Barretos completa 40 anos e continua seguindo, à risca, a filosofia de seu fundador, Paulo Prata. “A pessoa mais importante no hospital se chama paciente, esta mentalidade integra a formação de todos os funcionários do hospital. Trate o paciente como você gostaria de ser tratado; ele tem que se sentir importante; esta é a filosofia do hospital”, afirma a presidente da Fundação Pio XII (que administra a instituição), Scylla Duarte Prata.

Localizado no bairro Dr. Antonio Prata, em Barretos, a 500 km de São Paulo, o hospital realiza quase a totalidade dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O grande diferencial é o tratamento humanizado que oferecemos. No ano 2000, recebemos um prêmio do Ministério da Saúde como o hospital que melhor trata seus pacientes entre 6.350 hospitais públicos e privados do Brasil”, lembra Luiz Antonio Jardine, gerente de captação de recursos.

O Hospital de Barretos é equipado com o que há de mais avançado no tratamento oncológico, entre ambulatórios, área de radiologia, medicina nuclear, pediatria, UTI, fonoaudiologia e outras dez áreas de atendimento, que ocupam treze pavilhões espalhados por uma área de 34 mil metros quadrados. Para operar essa infra-estrutura, conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais treinados. “É preciso ter no mínimo algum título em oncologia para trabalhar no hospital”, afirma Scylla Prata. Este nível de especialização atraiu, no ano passado, pacientes de 27 Estados brasileiros.

Assistência pediátrica
O hospital tem planos para continuar crescendo e, segundo Jardine, pretende em um curto espaço de tempo iniciar a construção de um hospital pediátrico. “Nesta nova instituição as crianças vão ter um prédio só para elas, fora do ambiente hospitalar adulto”.

O trabalho voluntário é um importante recurso do hospital. Hoje são 300 pessoas, distribuídas por mais de cinco Estados, às quais cabem tarefas de arrecadação de fundos, além da recepção e acolhimento aos pacientes que chegam ao hospital. “Todos os dias temos fatos muito bonitos. Vemos crianças que durante o ano inteiro guardam suas moedinhas para fazer suas doações. Há também gente muito pobre que junta o que pode para doar”, revela Jardine.

O conselheiro do Cremesp na região, Renato Ferreira da Silva, afirma que “o Hospital de Barretos representa um modelo não só para região mas para o país inteiro; a instituição conseguiu envolver a sociedade e construiu uma ilha de excelência em nossa região”. Também o delegado do Cremesp em Barretos, Carlos Santiago, orgulha-se do hospital: “Como médico domiciliado e atuante em Barretos há mais de 17 anos, só posso me orgulhar de uma instituição como a Fundação Pio XII”.

Hospital móvel

Iniciado em 1994, graças ao trabalho da enfermeira Creuza Moraes Saure, o trabalho de atendimento extra-hospitalar começou com exames de prevenção de câncer de colo do útero, na zona rural do município de Barretos. No início, a equipe atuava com uma bicicleta adaptada para se tornar uma mesa ginecológica portátil, criação do médico Edmundo Mauad. Em 2001 foi construída a primeira unidade móvel de prevenção de câncer de pele, de próstata e colo uterino.

Em 2002 iniciou-se um projeto voltado ao rastreamento do câncer de mama o que demandou a criação de mais uma unidade móvel. Assim, no período de 60 meses, foram realizadas 10.000 mamografias.

A terceira unidade móvel chegou em 2004, para o atendimento da população carente em outros Estados do Brasil. Conhecida como “Carreta da Prevenção”, a unidade conta com equipamentos para diagnosticar e realizar pequenas cirurgias nas áreas de câncer de colo de útero, próstata, pele e câncer de mama. “Já percorremos sete Estados brasileiros. O objetivo do projeto é despertar a população sobre a prevenção como uma necessidade. A prevenção ainda continua sendo o melhor remédio” conclui Jardine.