Cremesp convida Chinaglia para debater temas médicos

Desiré Callegari encontrou-se com Arlindo Chinaglia, no Congresso Nacional, durante o Encontro Nacional dos CRMs

Por ocasião do Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do ano de 2007, realizado em Brasília, de 11 a 13 de abril, o presidente do Cremesp, Desiré Carlos Callegari, ratificou o convite ao  presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, para que este participe de uma reunião conjunta das entidades médicas do Estado de São Paulo, visando debater assuntos relevantes para a classe médica e para a melhoria no atendimento à saúde da população.

Chinaglia – que é médico e já presidiu o Sindicato dos Médicos de São Paulo – pode ajudar a pautar, na Câmara, os temas que necessitam ser transformados em lei. O presidente da Câmara comprometeu-se a agendar o encontro para breve.

Implantado no Conselho pagamento eletrônico de taxas e serviços

O Cremesp implantou, desde 2 de abril, boletos para pagamento eletrônico de taxas e serviços, que poderão ser recolhidos em agências bancárias, casas lotéricas ou via internet. A emissão dos boletos está disponível no portal, na janela área do médico, e no link de serviços às empresas.

Contudo, os boletos de registros iniciais de empresas deverão ser recolhidos exclusivamente na sede e Delegacias Regionais, desde que os pedidos estejam acompanhados da documentação solicitada.Os valores correspondentes às taxas de serviços, anuidades e emolumentos estarão disponíveis na área do médico e de serviços às empresas.

O Cremesp lembra que, em relação aos serviços às empresas, havendo irregularidades na documentação exigida, mesmo com o recolhimento da taxa, a regularização deverá ocorrer no prazo de 15 dias. Não havendo a regularização no prazo estipulado, o interessado deverá requerer o reembolso, informando o banco e a conta a ser creditada.

Entidades médicas verificam reformas no Emílio Ribas

No dia 18 de abril, o presidente do Cremesp, Desiré Callegari, e o representante do Sindicato dos Médicos (Simesp), Antonio Carlos da Cruz, visitaram as obras realizadas no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, acompanhados pelos diretores do Instituto, Sebastião André de Felice e Antonio Abi Jaudi.

Na oportunidade, as entidades médicas representadas colocaram-se à disposição para continuar atuando como mediadoras dos conflitos gerados entre parte do corpo clínico e a direção executiva, em função da reestruturação do hospital. “Notamos que há uma disposição de todos em participar amplamente das discussões, fato esse que vem contribuindo para o bom encaminhamento das reformas”, afirmou Callegari.

Segundo Felice, apesar das obras em andamento, o hospital vem mantendo a média de atendimento a cerca de 400 pacientes/dia. Ele garante que as reformas previstas nas áreas ambulatorial e administrativa contribuirão para aprimorar o atendimento. “Serão 1.600m2 de área construída para o novo ambulatório, num projeto aprovado pelo secretário estadual da Saúde, Barradas Barata, com ampla participação de todos os funcionários e de todas as associações”, afirmou Felice.

Exame de egressos

Conselho chama ministérios, escolas e entidades para discutir o ensino médico

A necessidade de aprofundar a discussão em torno da qualidade do ensino médico e a abertura de mais escolas no país motivaram o Cremesp a organizar o Simpósio Nacional Sobre Avaliação dos Egressos das Escolas Médicas, que ocorrerá no dia 1º de junho.

Segundo o conselheiro da entidade e coordenador do evento, Bráulio Luna Filho, é fundamental a atualização do assunto com base na evolução dos conhecimentos. “Vamos discutir não só a nossa experiência como outras do país e do mundo. Queremos construir uma ação coordenada pelas entidades médicas nacionais. É preciso apontar quais ações tomar; não podemos ficar de braços cruzados”.
 
Os resultados apresentados pelo Exame do Cremesp, realizados em 2005 e 2006, explicitam a urgência das entidades médicas se unirem para solucionar a deficiência da formação médica. “Queremos ver essa proposta avançando por todo o Brasil”, diz Luna Filho.

Parlamentares, representantes do Ministério da Saúde e Ministério da Educação, de Conselhos Regionais, escolas médicas do Estado, associações nacionais e sindicatos da área médica serão convidados para o evento.

Os temas dos debates são: Avaliação dos Médicos Recém-Formados; A Experiência do Cremesp; Conferência I - A Experiência do Exame da OAB; Avaliação nas Escolas Médicas: Onde estamos, Aonde vamos?; Qualificação Profissional e Mercado de Trabalho; e Projetos Legislativos sobre Exame de Estado.

O simpósio acontecerá no Novotel, situado à rua Martins Fontes, 71, em São Paulo. Os interessados devem se inscrever enviando e-mail para eventos@cremesp.org.br ou ligando para (11) 3017-9345.

Relatório Flexner mudou ensino médico nos EUA

O ensino médico brasileiro vem enfrentando graves problemas relacionados à queda de qualidade e à abertura sem critério de novos cursos de medicina. Segundo dados da própria Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação, há no momento mais de 70 propostas de aberturas de cursos em avaliação no Ministério. Este quadro caótico assusta médicos e professores, que temem pelo futuro da Medicina no Brasil.

Um quadro similar ocorreu nos Estados Unidos da América no início do século XX. Na época, havia naquele país mais de 160 escolas médicas, a maioria sem condições mínimas para a formação médica considerada adequada. A solução encontrada pelo governo americano foi elaborar em parceria com Associação Médica Americana uma completa avaliação pedagógica em todas escolas de medicina do país. Para coordenar o projeto foi convocado o especialista em educação, professor Abraham Flexner que entre 1906 e 1910 desenvolveu uma ampla pesquisa nas universidades norte-americanas e redigiu um documento com sugestões para a melhoria do ensino.

O Relatório Flexner estabelecia critérios mínimos para o funcionamento de uma escola e propunha um sistema de acreditação para depurar o sistema educacional. Além disso, sugeria maior rigor no controle do exercício profissional. Poucos anos depois da publicação do relatório quase 50% das escolas médicas encerraram suas atividades devido à baixa procura pelos cursos.