CAPA
EDITORIAL
Editorial de Desiré Callegari: Velhos problemas, novas esperanças
ENTREVISTA
Convidado especialíssimo desta edição: o redator médico Júlio Abramczyk
ATIVIDADES DO CREMESP 1
Programe-se p/o I Congresso de Bioética de Ribeirão Preto, entre 26 e 28/10
ATIVIDADES DO CREMESP 2
Em estudo, nova sede do Cremesp para driblar a falta de espaço
GERAL 1
As mudanças no currículo da Residência Médica propostas pelo MEC
EXAME
Nova avaliação experimental do ensino médico: 1ª etapa, 15/10; 2ª etapa, 05/11
ESPECIAL
Fórum sobre Terminalidade de Vida: a conduta médica voltada p/o paciente terminal
TRABALHO
Vale a pena ser pessoa jurídica e arcar com impostos e problemas na administração do negócio?
GERAL 2
Criado fórum multiprofissional p/acompanhar ações da Agência Nacional de Saúde
HISTÓRIA
Os 50 anos de história do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
AGENDA
Destaques: a vista do superintendente do Iamspe e a Semana Acadêmica em Pouso Alegre (MG)
TOME NOTA
Alerta Ético: o que fazer quando o paciente omite ou mente?
NOTAS
Destaque p/o debate sobre a reforma do modelo de assistência em Saúde Mental
GALERIA DE FOTOS
HISTÓRIA
Os 50 anos de história do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto faz 50 anos
Comemoração coincide com os 150 anos do município, um poderoso pólo econômico do interior paulista
Com um dos melhores padrões de vida do Estado de São Paulo e do Brasil, Ribeirão Preto se destaca por seus bons indicadores de renda, educação e saúde. O município é conhecido nacionalmente por ser um dos principais centros universitários e de pesquisa do Estado e do país, com ênfase na área médica. O campus da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, situado no bairro de Monte Alegre, é um dos atrativos turísticos da cidade. Lá está o Hospital das Clínicas, complexo com mais de 100 mil metros quadrados de construção e orçamento anual de quase 260 milhões de reais. O hospital recebe pacientes, estudantes e profissionais de todo o Brasil e, assim, movimenta a economia da região.
Primeiro edifício do HC, hoje Unidade de Emergência
O Hospital das Clínicas começou a funcionar em 1956, quatro anos após o início da primeira turma da Faculdade de Medicina da USP (1952), sendo as aulas práticas ministradas até então na Santa Casa. O prédio que abrigou o HC, no Hospital Fundação Sinhá Junqueira, área central da cidade, é agora ocupado pela Unidade de Emergência, que possui uma Unidade de Queimados e atende apenas casos complexos de urgência. O HC se uniu ao campus da faculdade em 1978, inaugurando sua sede no ano seguinte.
Referência em saúde no país, pelo trabalho de assistência à população com doenças de alta complexidade e pelo ensino e pesquisas de ponta, o HC FMRP-USP recebe em média 12 mil pessoas por dia, que procuram os serviços de Fertilização Assistida, Transplante de Medula Óssea, Transplante Renal, Transplante de Fígado e Cirurgia Bariátrica, entre outros. As atividades são desenvolvidas em três prédios: na Unidade de Emergência e em outros dois situados no campus: o HC-Campus e o Hemocentro, que processa e distribui sangue para o Norte do Estado de São Paulo, com exceção da região de Rio Preto, atendendo uma população de quase 4 milhões de pessoas em 187 municípios.
No hospital há, ainda, o Centro de Cirurgia de Epilepsia e Centro Integrado de Estudos de Deformidades da Face, além dos serviços de Clínica Geral (atendimento particular e convênios), Banco de Olhos, Programa de Reconstrução da Mama e Oncologia.
Pioneirismo
O hospital esteve à frente em diversas áreas da Medicina no país e no mundo, com pesquisas e transplantes de células-tronco para o tratamento de várias doenças, e realizou o primeiro transplante de rim (com doador cadáver) do Brasil. A inclusão da prova prática no processo seletivo para o ingresso no programa de residência médica em 2005 também foi uma iniciativa pioneira da instituição, que possui o segundo maior corpo de médicos residentes do país. O HC é também referência no Brasil na fertilização in vitro.
No momento, o hospital está construindo o HC Criança, que concentrará o atendimento de crianças e adolescentes em um espaço próprio, visto que a população infanto-juvenil representa cerca de 30% do atendimento do hospital.
Na nova unidade, os jovens pacientes receberão um atendimento de alta complexidade em 38 especialidades médicas, levando em consideração as necessidades de cada criança e adolescente e garantindo a humanização e ampliação do atendimento. “Vamos tirar esses 30% do nosso ambulatório e passar para o novo prédio, liberando espaço para reorganizar o atendimento de adultos. Esse projeto está em andamento há um ano e, dependendo dos recursos, podemos entregá-lo em três anos”, prevê o superintendente do hospital, Milton Roberto Laprega. Um hospital secundário está sendo construído para atender casos de média complexidade.
Desafios
Laprega conta que quando assumiu a instituição havia um déficit de 3,5 milhões de reais, valor que aumentava todo mês. “Estava havendo uma queda em valores reais do orçamento do Estado, que orça o HC em mais de 60%, o restante vem do SUS. A fundação estava entrando no vermelho, tentamos equilibrar e hoje estamos com superávit”, diz.
Desde abril deste ano o HC está em festa pelos 50 anos de atividades. Já foram realizados eventos, congressos, encontros e até uma visita monitorada para crianças, além de homenagens na Câmara dos Vereadores da cidade e na Assembléia Legislativa do Estado.
O HC de Ribeirão Preto acolhe cerca de 12 mil pessoas por dia em três unidades