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Isac Jorge Filho
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Alerta Ético para a adulteração de informações médicas
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Destaques: Atlas da saúde de São Paulo e RX da saúde no Brasil
IBGE faz raio X da saúde no Brasil
De acordo com a pesquisa, os brasileiros avaliam bem seu estado de saúde – 78,6% o consideravam muito bom e bom. Foi constatado, ainda, que 62,8% da população havia consultado um médico nos 12 meses anteriores, embora 15,9% nunca tivesse ido ao dentista.
A PNAD Saúde também investigou a realização, pelas mulheres, de três exames preventivos (clínico de mamas, câncer de colo de útero e mamografia) e constatou que 34,4% das brasileiras com mais de 40 anos nunca haviam se submetido a um exame clínico de mamas.
A pesquisa revelou que 25,7 milhões de pessoas, ou 14,6% da população, buscou atendimento de saúde nos 15 dias anteriores à pesquisa. Dessas, 13,1 milhões foram por doença e 7,2 milhões para vacinação e outros atendimentos preventivos. Mais da metade (57,2%) dos atendimentos foi pelo SUS, e 26% deles com participação parcial ou integral de planos de saúde. De acordo com a pesquisa, 43,2 milhões de brasileiros são associados a algum plano de saúde.
Dentre os brasileiros que conseguem acesso aos serviços de saúde, 86% dos atendimentos foram avaliados como muito bom ou bom. Entre os que buscaram atendimento e não conseguiram, os principais motivos indicados foram: indisponibilidade de senha ou de vagas (48,9%) e falta de médicos (25,5%).
Dentro de um universo de 5 milhões de pessoas que tiveram necessidade mas não procuraram os serviços de saúde, 23,8% não o fizeram por falta de dinheiro; 18,1% por julgarem o atendimento muito demorado; 12,7% pela distância ou dificuldade de acesso e 12,7% por incompatibilidade de horário.
Chama a atenção que ainda é grande a parcela de brasileiros que nunca foi ao dentista: 27,9 milhões de pessoas. A PNAD estimou que 62,8% da população consultaram um médico nos 12 meses anteriores à pesquisa.
São Paulo tem atlas da saúde
Levantamento realizado pela Prefeitura mostrou a prevalência de mortes por infarto e um cinturão de obesidade na periferia
O estudo, batizado de Atlas da Saúde, cruzou informações como incidência de doenças crônicas e densidade populacional. Financiado pelo Instituto de Responsabilidade Social do Hospital Albert Einstein, seu principal objetivo, segundo o ex-secretário municipal de Saúde, Cláudio Luiz Lottenberg, foi delinear um “plano diretor” para ações estratégicas na rede pública.
O levantamento mostra que, seguindo uma tendência nacional, as principais causas de morte no Município estão associadas a doenças cardiovasculares (30,5%), a algum tipo de câncer (18,8%) e a causas externas como assassinatos e atropelamentos (12,5%).
Embora o crescimento no número de obesos entre a população mais pobre já tivesse sido registrado no ano passado por um levantamento feito pelo IBGE, confirmou-se a existência de um cinturão de obesidade nas regiões mais pobres da periferia, justamente onde se concentra o maior número de mortes por doenças do coração, principalmente entre pessoas na faixa dos 44 aos 59 anos. Contudo, a incidência de doenças cardiovasculares em pessoas com mais de 60 anos passa a se concentrar na região central. Esses fatos direcionarão a Prefeitura para ações de tratamento nessas áreas, estabelecendo focos para programas específicos da rede pública.
“Constatamos que os centros de hemodinâmica, que realizam o tratamento de doenças cardíacas, não estão nas regiões onde a população tem maior potencial de risco”, explicou Lottenberg. E acrescenta: “o estudo faz esse cruzamento de quais doenças prevalecem em cada área e quais os recursos públicos disponíveis. A idéia é que, a partir desse mapeamento, possamos trabalhar de forma inteligente.”
Cláudio Lottenberg deixou a Secretaria Municipal de Saúde no dia 18 de maio de 2005. Em seu lugar assumiu a médica pediatra Maria Cristina Cury.
Autorizada a venda fracionada de medicamentos
Foi publicada, no dia 20 de maio, no Diário Oficial, a Resolução RDC 135/05 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que define as regras para o fracionamento de medicamentos. Com isso, as farmácias e os laboratórios farmacêuticos interessados na venda fracionada já podem solicitar a autorização para esse tipo de serviço. Somente os estabelecimentos com licença de farmácia poderão exercer essa prática, vedada às drogarias.
De acordo com a Anvisa, para obter a autorização para o fracionamento “o estabelecimento deverá ter um ambiente exclusivo para a divisão dos medicamentos. Neste local as bancadas deverão ser revestidas de material liso e de fácil limpeza, não poderá haver comunicação direta com lavatórios e sanitários. O farmacêutico deverá ser identificado de forma distinta dos demais funcionários. Além disso, o consumidor deve ter condições de acompanhar o processo pelo lado de fora da sala.”
A regulamentação prevê ainda que o fracionamento deverá ser feito no estabelecimento onde o consumidor entregar a receita; o farmacêutico deve estar identificado e não pode delegar a outra pessoa a tarefa de fracionar; as embalagens destinadas ao fracionamento deverão ser identificadas e separadas dos medicamentos comuns; o fracionamento será feito obrigatoriamente na quantidade prescrita pelo médico.
Brasil rejeita recursos para o combate à Aids
O editorial da revista médica inglesa The Lancet classificou como “corajosa e inteligente” a decisão do governo brasileiro de rejeitar os recursos da Agência Americana para Desenvolvimento Internacional (Usaid).
“Recusar um financiamento de 40 milhões de dólares, doados para auxiliar na batalha contra o HIV e a Aids, pode ser considerada uma atitude pouco inteligente e até deplorável. Mas, a recente decisão brasileira de rejeitar o restante dos 48 milhões do financiamento da Usaid sugere ousadia e tambem discernimento”, afirmou o periódico.
O financiamento da Usaid continha uma cláusula, estabelecendo que o Programa de Aids brasileiro, uma iniciativa governamental, não poderia mencionar os direitos das prostitutas nos pedidos para financiamento. Entretanto, uma das razões pelas quais o Programa de Aids brasileiro tem sido bem sucedido, é justamente por trabalhar de perto com as associações de prostitutas, para que se possa atingir um dos grupos com maior risco de desenvolver Aids”.