CAPA
EDITORIAL (JC pág. 2)
Macular a imagem do Cremesp significa macular a própria imagem dos médicos paulistas - Henrique Carlos Gonçalves
PRESTANDO CONTAS (JC pág. 3)
Denúncias anônimas tentam ferir a imagem do Conselho e as de seus últimos presidentes
PRESTANDO CONTAS (JC pág. 4)
Documentos comprovam idoneidade e a forma correta de trabalho com que esta Casa é administrada
ESPECIAL (JC pág. 6 e 7)
Congresso de Bioética, realizado em Ribeirão Preto, reuniu público recorde na discussão de temas de grande interesse científico
ELEIÇÕES 2008 (JC pág. 8)
Tudo o que você precisa saber para participar das Eleições do Cremesp - quinquênio 2008-2013
ELEIÇÕES 2008 (JC pág. 9)
Acompanhe os componentes da Chapa 1 - Unidade Médica, concorrentes às eleições do Cremesp 2008
ELEIÇÕES 2008 (JC pág. 10)
Acompanhe os componentes da Chapa 2, Resgate - A Renovação Inteligente, concorrentes às eleições do Cremesp 2008
ELEIÇÕES 2008 (JC pág. 11)
Acompanhe os componentes da Chapa 3, Médico em 1º lugar, concorrentes às eleições do Cremesp 2008
ELEIÇÕES 2008 (JC pág. 12)
Acompanhe os componentes da Chapa 4, Opção Ética, concorrentes às eleições do Cremesp 2008
EXAME 2008 (JC pág. 13)
Exame do Cremesp 2008 tem inscrições prorrogadas até 31 de julho
ENTREVISTA (JC pág. 14)
Luiz Arnaldo Szutan, novo diretor da FCMSC-SP, é o entrevistado desta edição
ATIVIDADES 1 (JC pág. 15)
Portal científico do Cremesp dará acesso a 135 títulos de periódicos internacionais
ATIVIDADES 2 (JC pág. 16)
Veja os Módulos de Educação Médica Continuada deste mês de julho
ATIVIDADES 3 (JC pág. 17)
Neste mês de julho, Cremesp abriu licitação pública para comunicação institucional
VIDA DE MÉDICO (JC pág. 17)
Álvaro Bien, geriatra e clínico geral, quer passar sua experiência de vida, como profissional da Medicina, aos filhos
ALERTA ÉTICO (pág. 18)
Tire suas dúvidas sobre o fornecimento da declaração de óbito do paciente a familiares
GERAL (JC pág. 19)
Presidente do Conselho é homenageado por oftalmologistas em Simpósio Internacional
GALERIA DE FOTOS
VIDA DE MÉDICO (JC pág. 17)
Álvaro Bien, geriatra e clínico geral, quer passar sua experiência de vida, como profissional da Medicina, aos filhos
“Minha paixão pela Medicina veio da infância”
O geriatra e clínico geral Álvaro Bien quer transmitir sua experiência aos filhos
“Sempre me dediquei integralmente à profissão”. Assim o médico Álvaro Ernesto Bien define o seu percurso pelo mundo da medicina desde que se formou, há 38 anos, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, com Residência em Clínica Médica na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, concluída em 1972.
Atuando como clínico geral e geriatra durante toda sua trajetória profissional, o gosto pela medicina veio da admiração pelo médico que atendia sua família quando criança. “A dedicação e o amor à profissão que ele demonstrava me despertaram uma enorme paixão pela medicina”, relembra.
Do alto dos seus 65 anos, Bien atende diariamente, em período integral, em seu consultório, em Bauru. Como a maior parte dos seus pacientes são idosos, muitas vezes ele tem de atender até nos finais de semana. “Sou bastante solicitado para urgências, pelos familiares dos pacientes, mas, apesar disso, procuro preservar um tempo para minha família. Eventualmente, saio com meus filhos ou amigos para pescar”, afirma.
As prioridades de Bien são, hoje, a família e a medicina. E o seu maior desejo é passar sua experiência como médico a seus filhos: “Meu objetivo é permanecer na atividade por tempo suficiente para transmitir ao meu filho – que pretende fazer Medicina – parte da minha experiência profissional. Quero que ele perceba na prática que aquilo que é feito com amor, tem tudo para dar certo”, diz.
Bien acredita que trilhar pelos caminhos da medicina deve ser uma atitude bem pensada. “A escolha da medicina deve ser consciente, pois a pessoa vai lidar diretamente com o que há de mais importante e valioso no mundo: a vida”, afirma. Outro ponto que ele acredita ser necessário observar é a relação médico-paciente. “A relação com meus pacientes é de respeito e confiança e isso é fundamental para que haja adesão ao tratamento. Mesmo assim, alguns problemas surgem, pois pacientes mais velhos têm dificuldades em aceitar os procedimentos médicos necessários”, afirma.
A experiência de Bien é vasta: já trabalhou na Prefeitura Municipal de Bauru como plantonista do Pronto-Socorro Municipal, na Clínica Médica do Ambulatório de Saúde, no Lar dos Desamparados, no Serviço Ambulatorial do Sindicato Rural e da Associação dos Ferroviários da Noroeste do Brasil. Também chefiou o Centro de Saúde de Cabrália Paulista e foi membro do Conselho de Ética Médica. Além disso, foi diretor clínico do Hospital Manoel de Abreu de Bauru e médico legista da Delegacia Regional de Polícia de Bauru. Também foi médico do trabalho e clínico geral da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Atualmente, além de atender em clínica particular e convênio, é membro do corpo clínico do Hospital de Base de Bauru.
Para Bien, a atual situação do médico no Brasil é bastante preocupante. “Muitos, devido à insatisfação com a profissão, seja ela financeira ou decorrente das próprias condições de trabalho, estão abandonando os consultórios particulares, pois acabam pagando para trabalhar”, acredita. Segundo ele, a democratização da informação sobre saúde e medicina tirou o médico do pedestal que ocupava na sociedade.
“Agora o profissional é visto como sujeito a enganos e imperfeições. Com isso, os pacientes e as instituições confiam menos no médico, atitude essa que, às vezes, chega às raias do desrespeito profissional. Acredito que o número excessivo de médicos e a má qualidade de muitas faculdades têm contribuído para essa situação”.