

CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp

ENTREVISTA (pág. 3)
José Gomes Temporão

ÉTICA (pág.4)
Publicidade Médica - Conselho Federal de Medicina

SAÚDE SUPLEMENTAR 1 (pág. 5)
Cartões de desconto

ONCOLOGIA (pág. 6)
Estimativa 2012 — Incidência de Câncer no Brasil

SAÚDE SUPLEMENTAR 2 (pág. 7)
Planos de Saúde, ANS e autonomia profissional do médico

DEMOGRAFIA MÉDICA (págs. 8 e 9)
A distribuição de médicos no interior paulista

SAÚDE MATERNA (pág. 10)
Medida provisória institui cadastramento nacional das gestantes

ESPECIALIDADES (pág. 11)
III Fórum Nacional de Especialidades Médicas

CFM (pág. 12)
EC 29: esperança frustrada

ESCOLAS MÉDICAS (pág. 13)
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

SAÚDE PÚBLICA (pág. 15)
MS define parâmetros para troca de próteses mamárias

BIOÉTICA (pág. 16)
Sigilo profissional

GALERIA DE FOTOS

ONCOLOGIA (pág. 6)
Estimativa 2012 — Incidência de Câncer no Brasil
São Paulo terá 141,5 mil novos casos de câncer em 2012
Sete novos tipos de tumores aparecem nas estatísticas de incidência de câncer na população brasileira
Abdo Filho: esforço do Estado em minimizar as carências existentes
Cerca de 520 mil casos novos de câncer e sete novos tipos de tumores aparecem na Estimativa 2012 — Incidência de Câncer no Brasil, estudo desenvolvido a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), que revela em detalhes o quadro epidemiológico da doença no Brasil e de seus fatores de risco. No Estado de São Paulo, serão 141.540 novos casos neste ano.
As estimativas destacam os tipos mais incidentes nas regiões brasileiras, caso do câncer de pele não melanoma, próstata, mama e pulmão. A novidade dessa edição é que foram incluídas sete novas localizações de tumores no estudo: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), sistema nervoso central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não Hodgkin.
O trabalho visa prover gestores, serviços de saúde, universidades, centros de pesquisa e sociedades científicas de informações de um instrumento que favoreça a prevenção primária (ocorrência) ou secundária (detecção precoce).
Estudo
Para 2012, são esperados um total de 257.870 casos novos para o sexo masculino e 260.640, para o sexo feminino, totalizando 518.510 ocorrências em todo o país. A expectativa era de 489.270 casos em 2010.
O estudo analisou 18 tipos específicos de câncer, com base na magnitude e no impacto, dentro das estimativas de incidência da doença no país em 2012.
A previsão indica que o câncer da pele do tipo não melanoma (134 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (60 mil), mama feminina (53 mil), cólon e reto (30 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (18 mil).
Para o sexo masculino, os cinco tumores mais incidentes serão o câncer de pele não melanoma (63 mil casos novos), próstata (60 mil), pulmão (17 mil), cólon e reto (14 mil) e estômago (13 mil). Para as mulheres, destacam-se os tumores de pele não melanoma (71 mil casos novos), mama (53 mil), colo do útero (18 mil), cólon e reto (16 mil) e pulmão (10 mil).
No caso do câncer do pulmão, estimam-se 17.210 casos novos em homens; e 10.110 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 18 casos novos a cada 100 mil homens e 10 a cada 100 mil mulheres.
São Paulo
No Estado de São Paulo também observa-se um aumento de casos de tumores de próstata (13.160, em 2010; e 15.690, em 2012) e de mama (15.080, em 2010; e 15.620, em 2012). Na avaliação do oncologista Elias Abdo Filho, chefe da equipe de Onco Ginecologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), isso decorre “provavelmente por mais acesso da população ao diagnóstico e tratamento”. Segundo ele, apesar do aumento na demanda e número de casos, “existe um grande esforço no Estado para minimizar as carências existentes”, acredita.
Estimativa dos casos novos no Estado de São Paulo - 2012
Homens | Mulheres | |||
Neoplasia maligna | Casos | Incidência* | Casos | Incidência* |
Próstata | 15.690 | 76,05 | - | - |
Mama feminina | - | - | 15.620 | 71,77 |
Colo do útero | - | - | 2.880 | 13,24 |
Traqueia, brônquio e pulmão | 4.410 | 21,37 | 2.550 | 11,72 |
Cólon e reto | 5.400 | 26,19 | 5.580 | 25,63 |
Estômago | 3.530 | 17,10 | 1.980 | 9,08 |
Cavidade oral | 3.170 | 15,38 | 1.260 | 5,81 |
Laringe | 1.740 | 8,46 | - | - |
Bexiga | 2.200 | 10,66 | 890 | 4,10 |
Esôfago | 1.920 | 9,32 | 490 | 2,26 |
Ovário | - | - | 1.740 | 7,98 |
Linfoma não Hodgkin | 1.660 | 8,05 | 1.540 | 7,08 |
Glândula tireoide | - | - | 3.260 | 14,97 |
Sistema nervoso central | 1.350 | 6,54 | 1.260 | 5,81 |
Leucemias | 1.140 | 5,54 | 1.020 | 4,67 |
Corpo do tero | - | - | 1.410 | 6,49 |
Pele melanoma | 1.150 | 5,58 | 1.220 | 5,59 |
Outras localizações | 12.810 | 62,11 | 10.890 | 50,06 |
Subtotal | 56.170 | 272,32 | 53.590 | 246,24 |
Pele não melanoma | 13.790 | 66,84 | 17.890 | 82,22 |
Todas as neoplasias | 69.960 | 339,17 | 71.480 | 328,44 |
Ação preventiva
Indústria reduzirá sódio em 16 categorias de alimentos
O Ministério da Saúde (MS) e representantes da indústria – incluindo as Associações Brasileiras das Indústrias de Alimentação (Abia), Massas Alimentícias (Abima), do Trigo (Abitrigo) e da Panificação e Confeitaria (Abip) – assinaram nova fase do acordo que prevê redução gradual de sódio em 16 categorias de alimentos. Nesta segunda etapa, foram detalhadas as metas para batatas frita e palha, pão francês, bolo pronto, mistura para bolo, salgadinho de milho, maionese e biscoitos doce e salgado, produtos que deverão ter teor máximo de sódio de 100 gramas.
O segundo termo de compromisso prevê ainda o monitoramento da redução do sódio em alimentos processados pela indústria, com acompanhamento das informações da rotulagem nutricional e análises laboratoriais dos produtos coletados no mercado, sob responsabilidade da Anvisa.
Em abril, foi anunciada a diminuição progressiva em massas instantâneas, pães de forma e bisnagas. As demais etapas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e aprofundadas até 2016.
A ação faz parte da estratégia do governo federal de enfrentamento das doenças crônicas, como hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, e segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir o consumo máximo de 5 gramas de sal diários por pessoa até 2020.