

CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp

ENTREVISTA (pág. 3)
Florentino de Araújo Cardoso Filho

ANOREXÍGENOS (pág. 4)
Resolução Anvisa nº 52, de 06/10/2011

ENSINO MÉDICO (pág. 5)
Fundação Carlos Chagas divulgará resultados

PLANOS DE SAÚDE (pág. 6)
Resolução ANS nº 267: pedido de anulação e revogação

MOVIMENTO MÉDICO (pág. 7)
Saúde Suplementar

ESTUDOS (pág, 8)
Perfil populacional dos médicos paulistas

HOMENAGEM (pág.10)
Dia do Médico - 18 de outubro

AGENDA (pág. 11)
Participação do Cremesp em eventos relevantes para a categoria

CFM (pág. 12)
Coluna dos conselheiros representantes de SP no Conselho Federal

SAÚDE MENTAL (pág. 13)
Controvérsias em Internações Psiquiátricas Involuntárias e Abrigamentos Compulsórios

ATENÇÃO BÁSICA (pág.15)
Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica

BIOÉTICA (pág. 16)
Em discussão a “abreviação da vida”

GALERIA DE FOTOS

MOVIMENTO MÉDICO (pág. 7)
Saúde Suplementar
Paralisação em setembro abrangeu 11 operadoras
Médicos ampliam suspensão do atendimento a planos de saúde na segunda fase do movimento
Azevedo (ao microfone): saúde suplementar precisa reconhecer CBHPM como referência
Médicos paulistas ampliaram a suspensão do atendimento a 11 planos e seguros de saúde durante a paralisação do atendimento realizada em nível nacional, no dia 21 de setembro. O critério adotado foi incluir empresas que ainda não tinham atingido o patamar de R$ 50 para a consulta. São elas: Ameplan, Golden Cross, Green Line, Intermédica, Notre Dame, Prosaúde, Blue Life, Dix Amico, Medial, Geap e Volkswagen.
Essa é a segunda etapa do movimento – um desdobramento da paralisação de 7 de abril deste ano –, que teve por objetivo chamar a atenção da sociedade para os abusos cometidos pelas operadoras de saúde, o que tem causado sérios prejuízos ao exercício da medicina e à qualidade da assistência oferecida aos pacientes.
A decisão de incluir as operadoras de saúde foi anunciada após reunião da Comissão Estadual de Mobilização Médica para a Saúde Suplementar com o Cremesp e as demais entidades de São Paulo, realizada na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), em 19 de setembro.
O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, que participou do encontro, afirmou que “a saúde suplementar precisa reconhecer a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como uma referência para as negociações com os profissionais”. Segundo ele, “a prática de preços exobiTantes nas mensalidades, frente à imposição de honorários baixos aos médicos, é uma situação de desequilíbrio que precisa ser mudada”, declarou.
Honorários
Médicos conquistam reajustes em valores de consulta
Contatadas para negociar a defasagem dos honorários médicos, algumas operadoras de seguros e planos de saúde apresentaram propostas consideradas positivas, com reajuste de consultas para R$ 50 e R$ 60. Mas as negociações continuam e as paralisações devem afetar as empresas que ainda não tenham atingido esse patamar, de acordo com a Comissão Estadual de Mobilização Médica para a Saúde Suplementar – formada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Associação Paulista de Medicina (APM), Sindicatos dos Médicos de SP (Simesp) e sociedades paulistas de especialidades.
As entidades ressaltam que é importante manter a mobilização, uma vez que a pauta do movimento paulista reivindica consulta a R$ 80, além de valores de procedimentos atualizados de acordo com a CBHPM e inserção de cláusula de reajuste anual nos contratos. Na reunião realizada no dia 3 de outubro, a Sociedade Paulista de Reumatologia aderiu à mobilização e deve integrar o calendário de paralisação do atendimento em novembro. Outro avanço registrado é que as empresas abriram diálogo com a Comissão sobre a revisão dos contratos e reajustes anuais nos valores dos procedimentos. “Ficou acordado que a Comissão conversará com os representantes de cada operadora de saúde para discutir esses novos patamares”, diz João Ladislau, conselheiro representante do Cremesp na reunião.
O Cremesp divulga em seu site a lista dos novos valores de consulta propostos pelos planos. É importante que os médicos confiram se estes estão sendo praticados pelas empresas dentro do prazo previsto. Caso haja divergências, elas poderão ser informadas à Defesa Profissional da APM, pelo telefones 0800-17-3313, (11) 3188-4207 ou pelo e-mail defesa@apm.org.br
Movimento Nacional
Em Carta à Nação, entregue ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em 21 de setembro – Dia Nacional de Paralisação do Atendimento –, as entidades médicas expuseram sua preocupação com as práticas dos planos e seguros de saúde.
Na reunião, que contou com representantes da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), foi solicitado que Padilha interceda junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para que ela atue como intermediadora na relação entre operadoras e profissionais.
Rodízio de especialidades continua em SP
Além da paralisação nacional, os médicos de São Paulo mantêm a suspensão do atendimento a planos de saúde em rodízio de especialidades. Durante todo o mês de setembro, Ginecologia e Obstetrícia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Cardiologia e Ortopedia e Traumatologia aderiram maciçamente à mobilização, mantendo os atendimentos de urgência e emergência. Para o mês de outubro, segue o seguinte calendário:
4 e 5 de outubro: Angiologia e Cirurgia Vascular
13 e 14 de outubro: Acupuntura
19 e 20 de outubro: Endocrinologia e Metabologia
25 e 26 de outubro: Cirurgia de Cabeça e Pescoço
A Anestesiologia e a Patologia acompanham as cirurgias eletivas nas especialidades mencionadas. Durante os períodos de interrupção, as urgências e emergências serão garantidas.